Por que o jogo responsável é tão importante?

0

Com a expansão do setor de iGaming brasileiro, falar sobre a temática de jogo responsável torna-se cada vez mais urgente.

Mercados já estabelecidos, como o europeu por exemplo, já têm políticas de jogo responsável instituídas e fortalecidas. O mercado de iGaming africano é um exemplo de destaque do jogo responsável que está no caminho de adequação às necessidades de cada um dos países do continente. 

A trajetória do Brasil para a regulamentação encontra agora uma etapa necessária para todos os mercados de iGaming, a expansão do conceito de jogo responsável no território nacional.

Vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o jogo responsável e quais diretrizes já estão disponíveis com a sanção da lei das apostas.

 

O que é o jogo responsável?

Quando falamos de jogo responsável pensamos em um conjunto de práticas que são idealizadas para evitar que os apostadores tenham uma relação nociva, chegando ao vício, com as apostas.

Ferramentas de autorregulação já são difundidas em plataformas de apostas com funções comuns como tempo limite, limite de gastos ou autoexclusão. No entanto, esse caminho precisa da contribuição do apostador para ser efetivo, individualizando uma questão coletiva.

Um estudo da revista britânica The Lancet Public Health revelou que, embora a maioria dos mercados de iGaming analisados reconheça as apostas excessivas  como um problema de saúde e bem-estar, a atenção está predominantemente voltada para os danos individuais, em detrimento dos danos sociais, econômicos e a terceiros.

No papel de um software para casas de apostas que preza pela saúde dos consumidores finais, precisamos reforçar que é estimado que cerca de 3% da população global possui problemas de vício em apostas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Portanto, o assunto deve ter importância para todos os operadores e investidores do setor de iGaming.

 

Quais os parâmetros da legislação brasileira?

A movimentação governamental que tivemos do segundo semestre de 2023 ao início de 2024 a respeito da Lei nº 14.790 coloca o jogo responsável em destaque e indica, de forma inicial, os próximos passos das casas de apostas.

Além da convenção de que as apostas só podem ser realizadas por pessoas maiores de 18 anos de idade, temos indicativos a serem observados.

O artigo oitavo da lei refere-se às políticas corporativas obrigatórias, ou seja as políticas que a sua operação deve adotar a partir de agora para garantir o controle dos processos internos e da oferta de serviços.

Os pontos desta seção da lei reforçam:

  • a obrigatoriedade de atendimento aos apostadores e ouvidoria;
  • políticas de prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa, seguindo a legislação brasileira;
  • fomento ao jogo responsável e prevenção de transtornos de jogo patológico em clientes da cada de apostas; 
  • integridade na prestação de serviços como meio para evitar fraudes.

 Além da Lei das apostas, o Conselho Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) indica princípios para a divulgação de casas de apostas e entre eles temos o princípio de responsabilidade social e jogo responsável.

A criação de diretrizes indica a necessidade da casa de apostas evitar discursos, publicidades e incentivos que se associam aos jogos online e apostas esportivas como vício.

O CONAR indica que publicidades de todos os tipos devem evitar:

  • a associação das apostas ao sucesso do jogador;
  • o encorajamento a uma quantidade excessiva de apostas;
  • a divulgação das bets como uma solução para problemas;
  • a relação das apostas com um renda fixa ou extra;
  • a divulgação das apostas como alternativa para recuperar dinheiro;
  • a sugestão de uso de crédito ou empréstimos para apostar;
  • o incentivo a uma postura imprudente, criminosa ou antissocial.

O link entre o jogo e questões de saúde é evidente, e por isso temos um movimento em que as políticas globais estão em constante evolução para enfrentar esse desafio da melhor maneira. 

 

Como fortalecer o jogo responsável na minha casa de apostas?

Reforçar o argumento de que sites e apps de apostas online são plataformas de entretenimento podem iniciar a trajetória de fortalecimento do jogo responsável. 

A diversão que os jogadores encontram realmente deve ser diversão e os sentimentos negativos são indicativos do relacionamento que é estabelecido com as apostas.

Porém, para mais do que a responsabilização individual do apostador, a casa de apostas deve ter um papel de instituição conscientizadora, seja com conteúdos educativos ou disponibilizando redes de apoio online para pessoas viciadas em apostas.

As ferramentas disponíveis na casa de apostas normalmente requerem a atuação da pessoa em condição sensível e isso dificulta um cuidado efetivo, por isso as ações coletivas devem entrar em prática.

O Reino Unido conta com uma campanha chamada “Safer Gambling Week”, que se trata de uma semana de conscientização sobre práticas de apostas mais seguras. Que tal adequar iniciativas como essa à sua região? É uma oportunidade para adequar-se às regulamentações e expor a sua preocupação com uma questão de saúde que não é evidenciada.

 

O jogo responsável é a única saída

Reconhecer as apostas como uma questão de saúde e promover práticas responsáveis são passos essenciais para garantir o equilíbrio entre o entretenimento e a proteção da sociedade. 

À medida que o Brasil avança em sua jornada de setor regulamentado, a incorporação e promoção do jogo responsável se tornam imperativas para o desenvolvimento sustentável e ético da indústria de iGaming no país.

Fique por dentro desta e de outras temáticas no blog do Weebet, o software brasileiro que irá alavancar a sua operação.

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Blog Weebet

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading